Com a aproximação do Círio de Nossa Senhora de nazaré, um dos símbolos desta época do ano para os paraenses ganha destaque: os famosos brinquedos de miriti. Bastante procurados durante a quadra nazarena, o miriti garante a felicidade de crianças e turistas, além de representar uma fonte de renda para diversos artesãos.
Mas uma questão preocupa: como tornar a exploração dessa planta sustentável não somente em seu aspecto sócio-econômico, mas também do ponto de vista ecológico? Esta questão será alvo do projeto Plantas do Futuro na Região Norte, coordenado pelo pesquisador Samuel Almeida, da Coordenação de Botânica do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG).
O miriti é apenas a primeira etapa do projeto que vai realizar, em parceria com entidades locais, estudo sobre a viabilidade e a sustentabilidade de outras plantas de valor econômico, que ofereçam produtos florestais não-madeireiros. A equipe do projeto, constituída por treze pesquisadores, técnicos e bolsistas vinculados ao Museu Goeldi, está em campo na região do baixo Tocantins, rio Pará e no canal Norte do rio Amazonas, na zona estuarina que abrange o Pará e Amapá.
Miriti - O miriti (Mauritia flexuosa) é uma palmeira esbelta e de grande porte, comum na paisagem das áreas inundadas da região amazônica, incluindo as várzeas e os igapós. Distribui-se ainda em outros biomas como nas veredas dos cerrados do Brasil Central e nos brejos do domínio da caatinga nordestina. Pode atingir até 35m de altura e diâmetro do tronco de até 80 cm. A matéria-prima utilizada no artesanato é o pecíolo, popularmente conhecido como 'braço ou talo' e que pode atingir até 5m de comprimento.Essa parte nada mais é do que a medula, constituída por fibras finas e longas, envolvidas por um parênquima esponjoso. Cada palmeira adulta pode fornecer até três folhas anualmente, mas esse limite nem sempre é obedecido pelos extrativistas.
Existe uma curiosidade biológica nos miritizeiros: eles podem variar de expressão sexual. Algumas palmeiras somente produzem cachos com flores masculinas, enquanto outras liberam cachos só com flores femininas. As palmeiras que produzem flores femininas geram frutos de coloração avermelhada, recobertos de escamas e com polpa amarelo-vivo muito oleosa. Cada palmeira madura pode produzir em média 250 kg de frutos a cada safra anual.Mas uma questão preocupa: como tornar a exploração dessa planta sustentável não somente em seu aspecto sócio-econômico, mas também do ponto de vista ecológico? Esta questão será alvo do projeto Plantas do Futuro na Região Norte, coordenado pelo pesquisador Samuel Almeida, da Coordenação de Botânica do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG).
O miriti é apenas a primeira etapa do projeto que vai realizar, em parceria com entidades locais, estudo sobre a viabilidade e a sustentabilidade de outras plantas de valor econômico, que ofereçam produtos florestais não-madeireiros. A equipe do projeto, constituída por treze pesquisadores, técnicos e bolsistas vinculados ao Museu Goeldi, está em campo na região do baixo Tocantins, rio Pará e no canal Norte do rio Amazonas, na zona estuarina que abrange o Pará e Amapá.
Miriti - O miriti (Mauritia flexuosa) é uma palmeira esbelta e de grande porte, comum na paisagem das áreas inundadas da região amazônica, incluindo as várzeas e os igapós. Distribui-se ainda em outros biomas como nas veredas dos cerrados do Brasil Central e nos brejos do domínio da caatinga nordestina. Pode atingir até 35m de altura e diâmetro do tronco de até 80 cm. A matéria-prima utilizada no artesanato é o pecíolo, popularmente conhecido como 'braço ou talo' e que pode atingir até 5m de comprimento.Essa parte nada mais é do que a medula, constituída por fibras finas e longas, envolvidas por um parênquima esponjoso. Cada palmeira adulta pode fornecer até três folhas anualmente, mas esse limite nem sempre é obedecido pelos extrativistas.
Em Abaetetuba, uma das cidades visitadas pelo projeto Plantas do Futuro e centro de produção do artesanato de miriti, os pesquisadores e técnicos do Goeldi visitaram projetos, iniciativas e associações que trabalham na produção artesanal. Segundo Amadeo Sarges, presidente da Associação dos Artesãos de Brinquedos e Artesanatos de Miriti de Abaetetuba (ASAMAB), só na época do Círio devem ser comercializados cerca de três mil itens que incluem animais, quadros, elementos da cultura popular, santos, miniaturas e réplicas de barcos, além das conhecidas peças `animadas` que se movimentam, como ratinhos, aves e bonecos. São 50 diferentes tipos de itens artesanais que mobilizam 150 associados e suas respectivas famílias. Além do Círio há também grande demanda durante a feira do miriti em abril e durante as festas natalinas. Estima-se que a economia do artesanato de miriti ocupe cerca
de duas mil pessoas entre extrativistas, artesãos, lojas e pequenos comerciantes, atividade cujo pico se dá geralmente no segundo semestre do ano. Além de Abaetetuba, existem também artesãos em Igarapé-Miri e Barcarena de onde também é extraída a matéria-prima.
FONTE MUSEU PARAENSE EMILIO GOELDI
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